sábado, 1 de janeiro de 2011

E vai passando o tempo...

Primeiro Natal e primeiro Ano Novo que passo sem ter minha mãe, sem abraça-lá, sem ver o sorrido dela... Primeiro de muitos, infelizmente. Não é fácil não ter mais a pessoa que sempre tive nessas datas, é óbvio que fica tudo mais triste e não há ânimo de fazer nada... mas aprendi uma coisa, dá valor a minha família.
Nesse natal e ano novo, entendi o espírito natalino, o espírito do recomeçar e fazer diferente. Acho que o Ano Novo é mais dolorido, pois estávamos juntas todos os anos, e esses dois últimos anos foram maravilhosos! Só que eu sei que ela estava comigo e está, então isso me deixa bem. Eu tinha um pedido, mas ele não dá pra se realizar, então fico com a certeza que ela estará sempre comigo, principalmente nesses momentos.

Desejo tudo de bom nesse ano de 2011, á todos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Meu universo é você!


Como acreditar que possam existir pessoas no mundo como minha mãe foi? Guerreira, batalhadora em busca de seus ideais, sonhadora, sempre planejando o futuro e com a alegria estampada no rosto?! Sei que existe, mas é muito raro, ainda mais no mundo de hoje.  Onde as pessoas perderam a fé e a esperança de um amanhã melhor! E ela eu sei que acreditava muito nisso, não é a toa que seu nome foi debatido por vários médicos! Que pessoa forte! Que pessoa de uma fé inacreditável! E eu digo: Que orgulho que eu sinto até hoje de minha mãe, mesmo não estando mais aqui. Esse sentimento que tenho por ela, está muito vivo em meu coração e continuará! A dor com o tempo vem ficando mais fácil de conviver, ou melhor, está doendo menos com o passar dos dias e sinto isso. Não é que eu lembre com facilidade sem sentir tristeza, só que isso já está se tornando mais prático. Minha saudade é imensa, fato, mas já consigo sorrir ao olhar um retrato de minha mãezinha! A passagem da vida, da terra para um lugar melhor é algo incrível, mas é meio difícil de compreender, quando não se tem um estudo e um entendimento. Eu entendo um pouco porque sempre que podíamos freqüentar o centro espírita, íamos e eu aprendia um pouco mais. Principalmente nas doutrinarias que eu custava não querer ir rs. E ela amava, ficava vidrada ao palestrante, escutando palavra por palavra querendo cada dia mais ser uma pessoa mais espiritual e se sentir melhor. Possivelmente, ela queria entender a partida, não sei, mas acredito que conseguiu muito sobre isso. Não me cansa de passar como flashes ou como páginas de slides em minha cabeça, na minha frente, cenas de nós duas juntas e o que mais eu consigo lembrar é de um sábado em especial e das risadas e brincadeiras dela. Como eu lembro nitidamente de tudo! É tão mágico ver o rosto de minha mãezinha na minha memória e saber que tenho isso em mim e não vai sumir nunca, pelo menos isso eu sei que terei pra sempre. Me pergunto se me arrependi de não ter aproveitado com ela certos momentos? Sim, á todo instante, e se pudesse (esse “se pudesse” não sou a primeira pessoa a jogá-lo em um momento como este) mudaria essas datas e teria trocado muita coisa para aproveitar mais um pouco de minha mãe. Sei que a falta que sinto hoje será maior daqui a uma, duas semanas, três meses, quatro anos... Pois saberei cada vez mais a realidade, que ela não estará mais em matéria comigo, no meu dia a dia, para me lembrar das coisas que vivo esquecendo, para puxar minha orelha quando eu errasse, para me ajudar a traçar meu futuro, para sorrir comigo e contar as coisas como fazíamos.  Tudo o que eu queria era um abraço dela, o último pelo menos. Já que não poderei ter mais.
“Baby, mais que a luz das estrelas, meu universo é você!”

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mãe não morre nunca.

"Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho."  - Carlos Drummond de Andrade

Lembranças também são eternas...

Estava em busca de palavras que descrevessem um pouco mais do que sinto... Cheguei a conclusão que é difícil passar esses sentimentos...A dor de perder um amor, uma pessoa que amamos é complicado de se expressar. Envolve mil coisas, principalmente a escolha de palavras certas.
Ainda mais quando perdemos alguém que convivemos todos os dias juntas. Quando estou buscando um canal para assistir na televisão, passo por canais em que assistiamos juntas; quando vejo uma comida em que comiamos juntas a primeira coisa que faço é lembrar de mãe; quando vejo retratos, vêm á tona todos os nossos dias juntas de alegrias e tristezas.
Há pessoas que veem de fora e tentam imaginar o que sinto. Quando me veem triste, pensam que estou sofrendo muito. Quando estou rindo dizem que não sofro com a perda de mãe.
O mais interessante é que o primeiro julgamento é considerado o universal, ou seja ou estou feliz ou estou realmente sofrendo. Minha vida perdeu a graça, perdi minha mãe, minha vida, minha melhor amiga. Mas isso não deixa com que eu tente deixar a dor um pouco menor. E é o que faço ás vezes. Tento fazer dos meus dias, dias menos difíceis. E estou conseguindo ajuda de meu pai, minha família, amigos e conhecidos. Se estou rindo, chorando ou como seja, não expressa o que realmente sinto, NUNCA.
Acho que só Deus e eu pra saber! E imagino que mãe também saiba!
A lição que tiro hoje é que não devemos procurar entender o que os outros sentem, na verdade, isso é impossível ! Cada um sabe da dor e da felicidade que tem dentro de si!

"E mesmo sorrindo por aí cada um sabe a falta que o outro faz."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vida...

Hoje só digo uma frase:
A vida passa e leva pessoas inesquecíveis, você faz parte dessas pessoas, mãe. Mas você deixou comigo algo muito especial: as imagens mais lindas que eu poderia ter no meu coração. E eternamente te amarei.

 "Aonde estiver, espero que esteja feliz!"

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

As perguntas são tantas...

O que fazer quando a solidão bate, sabendo que tenho várias pessoas ao meu redor, mas tudo o que eu mais queria era ter a que não está?O que fazer com as noites que fazem questão de lembrar que não verei mais meu bem querer? O que fazer quando as lembranças vierem á tona e eu não poder acreditar que terei novas lembranças no futuro? O que fazer quando penso que tudo não passa de um pesadelo, mas vejo que é realidade? São essas e mais algumas MUITAS outras perguntas que eu me faço sobre não te ter mais, mãe. Só tento me consolar com a certeza que posso te ver um dia... Vejo cenas tão marcantes correrem como um filme na minha cabeça, momentos tão únicos e especiais que ficaram guardadinhos em meu coração e penso o quanto sou agradecida por ter te tido, mesmo por tão "pouco" tempo de minha vida. Afinal foram 16 anos, de uma vida pela frente. Mas fico com a lição de hoje: Se eu te tive pelo menos 16 anos é porque eu precisava da educação, da sabedoria, da animação, dos conselhos e não/sim, seus para me tornar a pessoa que sou hoje. E modestia, você soube me criar muito bem, e te agradeço por tudo isso mãe! Te agradeço por ter me colocado no mundo e ter me tornado a pessoa que sou. Te agradeço por ter estado sempre comigo mesmo nos seus piores momentos! Eu te amo.

"Me sinto só, mas sei que não estou pois levo você no pensamento, meu medo se vai, recupero a fé e sinto que algum dia ainda vou te ver. Cedo ou Tarde!"

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cedo ou tarde a gente vai se encontrar.

Um primeiro post não é bem simples de ser feito, talvez por não conseguir organizar bem as ideias. Mas quando penso em uma pessoa, em minha mãe, tudo começa a ficar mais fácil. Ainda procuro explicações desde o dia 3 de novembro de 2010, sobre como tudo ocorreu e porque as coisas chegaram a esse rumo. Me pergunto se ainda verei minha mãe, se ainda estarei com ela e por alguns momentos acredito que isso será possível. Talvez porque ainda esteja viva em minha memória cenas tão recentes em que passamos juntas. Afinal estávamos sempre juntas. Nossa vida era eu e ela, ela e eu, para tudo! Incrível como pensamos que as coisas serão para sempre como hoje... e como ontem. Sem saber que as coisas mudam e mudam radicalmente. Perder minha Gal foi como perder a direção da minha vida, mesmo eu tendo consciência de que ela poderia ir algum dia, meus planos para nosso futuro eram grandes, ou melhor, nossos planos. Nunca pensei que eu não teria mais minha amiga para conversar, brincar, dançar e tirar fotos como faziamos... falar coisas que só eu e ela falávamos. Muitas pessoas me perguntam como vêm sendo meu dias sem minha mãe, não vou dizer que estão sendo fáceis, mas estão sendo levados. Pois eu carrego em minha mente a certeza que um dia "cedo ou tarde" a gente vai se encontrar. E os sorrisos dela me confortam, apesar de não vê-los mais.Minha saudade é tão grande... á noite sinto uma ansiedade para chegar o próximo dia, pois não tenho mais ela para estar comigo... então nada mais importa, ou melhor, claro que me importa, meu pai e minha família, mas ela fazia A diferença. Passei a pensar muito sobre minha vida esse último mês e tenho refletido mais minhas ações... e tirei duas lições com a partida de minha linda: Tudo tem seu momento e ela poderia ter ido há dois anos atrás, mas graças á Deus ela ficou... e se ficasse mais uma vez, talvez sua saúde estivesse mais precária e ninguém iria querer vê-la sofrendo tanto, mais anda. E a segunda foi que devemos aproveitar quem amamos a cada instante, cada segundo, pois nunca sabemos quando perderemos elas. Próximo post, contarei mais.
Obrigada á todos que visitarem e espero que entendam um pouco do que sinto e o que desejo passar nesse blog. Para facilitar a leitura do texto lá em cima, selecione tudo. Logo mudarei algumas coisas. Até breve!